Ângelo de Sousa Sem título, 1986 Tinta acrílica sobre tela. Col. SEC em depósito na Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto. SC 477 Foto Luísa Oliveira. ADF/DDCI/DGPC.
Ângelo de Sousa Sem título, 1986 Tinta acrílica sobre tela. Col. SEC em depósito na Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto. SC 477 Foto Luísa Oliveira. ADF/DDCI/DGPC.

TEATRO-ESTÚDIO MÁRIO VIEGAS

Entrada Livre

A PALAVRA AOS ARTISTAS

2015-10-06
2016-05-02
Curadoria: Jorge de Silva Melo
A PALAVRA AOS ARTISTAS

6 OUT A 2 MAI
segundas feiras às 18h30


Co-apresentação: MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado 
em parceria com Cinema Ideal e Midas Filmes

Teatro-Estúdio Mário Viegas

M/6
Entrada livre sujeita à lotação da sala 

Levantamento dos bilhetes, até dois por pessoa, no próprio dia a partir das 13h
Por ocasião da exposição Narrativa de uma Coleção - Arte Portuguesa na Coleção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990), que inaugurou a 15 julho 2015 no espaço do MNAC-MC na Rua Capelo, o São Luiz Teatro Municipal e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado promovem uma mostra dos filmes realizados pelos Artistas Unidos sobre vários artistas cujas obras integram a colecção.

Filmes dos Artistas Unidos sobre obras que integram a exposição do Museu Nacional de Arte Contemporânea

6 OUT NIKIAS SKAPINAKIS: Conversa com Raquel Henriques da Silva 
19 OUT ANTÓNIO SENA: Conversa com Maria Filomena Molder
9 NOV ANA VIEIRA: Conversa com Paulo Pires do Vale
25 JAN ÁLVARO LAPA: Conversa com José Bragança de Miranda
22 FEV BARTOLOMEU CID DOS SANTOS: Conversa com Samuel Rama
14 MAR ÂNGELO DE SOUSA : Conversa com José Gil 
4 ABR JOAQUIM BRAVO: Conversa com José Miranda Justo
2 MAI JOSÉ DE GUIMARÃES: Conversa com Nuno Faria 

Programa A Palavra aos Artistas

O Que Falta: 

2 MAI 
JOSÉ DE GUIMARÃES: Conversa com Nuno Faria 

A África de José de Guimarães de Jorge Silva Melo (2012, 60 min, a classificar pela CCE)
Imagem José Luís Carvalhosa Assistente de Imagem César Casaca /Paulo Menezes Som Armanda Carvalho Música João Madeira Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Realização Jorge Silva Melo e Miguel Aguiar Uma Produção Artistas Unidos / Com o apoio Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura



Já foi: 

8 FEV 
FILME
Ainda não Acabámos, Como Se Fosse Uma Carta
De Jorge Silva Melo
Segunda às 19h
Sala Principal, M/6
Entrada livre sujeita à lotação da sala
Levantamento de bilhetes, até dois por pessoa, no próprio dia a partir das 13h

Ainda Não Acabámos, Como Se Fosse Uma Carta de Jorge Silva Melo (2015, 50 min, M/6)
Com Américo Silva, António Simão, Catarina Wallenstein, Elmano Sancho, João Pedro Mamede, Jorge Martins, José Medeiros Ferreira, Maria João Luís, Maria João Pinho, Miguel Borges, Pedro Gil, Rita Brütt, Rúben Gomes, Sofia Areal Direcção de Fotografia José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho Montagem Miguel Aguiar e Vítor Alves Realização Jorge Silva Melo Produção Artistas Unidos


22 FEV 
BARTOLOMEU CID DOS SANTOS: Conversa com Samuel Rama

Bartolomeu Cid dos Santos: Por Terras Devastadas de Jorge Silva Melo (2009, 60 min, M/6)
Bartolomeu Cid dos Santos, que nasceu em Lisboa em 1931 e morreu em Londres em 2008, viveu entre Lisboa e Londres, mas também em Sintra, Tavira, Lahore, Bagdad, Macau... Na Slade School de Londres, estudou gravura e veio a tornar-se um dos seus mais reputados professores. Mas no final do século XX, reformado, regressado a Portugal, retomou a pintura, construiu caixas, refez gravuras, fez esculturas.
Um mundo crepuscular, o do fim dos muitos impérios, será o mundo de Bartolomeu. Que, em 65, criou uma das primeiras metáforas contra o Poder Colonial Português, a gravura "Portuguese Men of War". E que no fim da vida, com fúria visível e renovada vitalidade, se insurge contra a Nova Ordem Mundial. Mas um mundo também no anoitecer dos sentimentos amorosos, à procura de mais alguma coisa, de algum além para além do mar. Entre conversas com Bartolomeu e alguns dos seus mais próximos (como Paula Rego, Helder Macedo, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Valter Vinagre), procuro fazer um breve restrato deste homem das sete partidas do mundo, artista multifacetado, irónico, romântico, terno, grande conhecedor do mundo, das viagens e das técnicas, grande conhecedor das letras, e fazer ver como ele, em cada obra que faz, gravura, pintura, escultura ou... convoca todo o tempo passado, todas as terras distantes, sabendo, com Eliot, que "tempo passado e tempo futuro estão ambos presentes no tempo presente".
Um retrato de um homem que, aos 14 anos, no Chrysler do seu avô, foi de Lisboa a Paris em 1946, e viu desfilar a terra devastada depois da II Guerra Mundial.
E é por terras devastadas, ruínas, labirintos, mares que ele, sempre menino e sempre marinheiro, procura... e procura o quê?

Com Alan Sillitoe, Hélder Macedo, João Cutileiro, John Aiken, Manuel Augusto Araújo, Paula Rego, Valter Vinagre Imagem José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho Montagem Vítor Alves Produção João Matos e Joana Cunha Ferreira Argumento e realização Jorge Silva Melo Produtor associado Artistas Unidos Uma produção Midas Filmes © 2009 RTP 2 Apoios Câmara Municipal de Tavira, Instituto Camões

6 OUT 
NIKIAS SKAPINAKIS: Conversa com Raquel Henriques da Silva 

Nikias Skapinakis: O Teatro dos Outros de Jorge Silva Melo (2007, 60 min, M/6)
A obra do Pintor NIKIAS SKAPINAKIS a partir da exposição QUARTOS IMAGINÁRIOS que em Junho de 2006 inaugurou no Museu Vieira da Silva.
O filme segue de perto o trabalho de um dos mais importantes pintores da segunda metade do século XX, nomeadamente na área do retrato ( são dele retratos cruciais como os de Almada, Natália Correia, Joel Serrão, Abelaira e Cochofel e o dos “Críticos” que está na Brasileira) e daquilo a que ele, em certa altura, chamou “os retratos da ausência.”
O filme conta com a colaboração do próprio artista e do ensaísta António Rodrigues.
A pintura de Nikias Skapinakis vem decorrendo da necessidade da pintura. Necessidade natural do pintor que afirmou ter «confiança na perenidade da linguagem da pintura». Uma necessidade da forma, requintada e elaboradamente feita no espaço solitário do atelier. O elogio da forma na pintura de Nikias faz prova da sua formação moderna.
Nos Quartos Imaginários, Nikias Skapinakis pintou os quartos ou ateliers de artistas como El Greco, Picasso, Louise Bourgeois, Paul Klee, Matisse, Chagall, Kavafy, Pessoa, Pascoaes, Morandi, Vieira/Arpad, Chirico, Cézanne, Picasso, Cesariny. São, segundo o artista,  a sua “interpretação da vida e obra de  pintores, poetas, escultores – que gostaria de ter conhecido…”

Imagem José Luis Carvalhosa Som Armanda Carvalho e Emídio Buchinho Montagem Vítor Alves Produção Manuel João Aguas Realização Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos/RTP

Nikias Skapinakis: (Continuando) 2012 de Jorge Silva Melo (2012, 23 min, a classificar pela CCE)
Por ocasião da exposição antológica NIKIAS SKAPINAKIS: PRESENTE E PASSADO apresentada pela Fundação Berardo desde Março de 2012, Jorge Silva Melo realizou um documentário com o título provisório Nikias Skapinakis (continuando) 2012 em que prolonga e actualiza aquilo que fez com o pintor no filme Nikias Skapinakis: o teatro dos outros (2007). 

Imagem José Luís Carvalhosa Assistente de Imagem Lisa Persson, Paulo Menezes, César Casaca Som Armanda Carvalho e Quintino Bastos Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Realização Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos/ Fundação Berardo 

19 OUT 
ANTÓNIO SENA: Conversa com Maria Filomena Molder

António Sena: A Mão Esquiva de Jorge Silva Melo (2009, 55 min, M/6)
António Sena expõe desde 1964. Pintor discreto e esquivo é autor de uma das obras mais consistentes da arte portuguesa contemporânea.
Serralves realizou em 2003 uma extraordinária exposição-retrospectiva de António Sena.
Eu não o conhecia pessoalmente, nunca o vira; mas conhecia-lhe grande parte da obra discreta, intensa, original.
Sentados à mesma mesa na noite do jantar da inauguração surgiu a ideia de virmos a fazer um documentário sobre o seu trabalho: não um documentário exaustivo, histórico, retrospectivo, mas uma maneira de ver a transformação das formas no tempo.
E fomos filmando: entre 2003 e 2009, na preparação da exposção “Books=Cahiers” que inaugurou na Fundação Vieira da Silva em Julho de 2009.
O que me interessou foi filmar-lhe “a incessante mão”, a mão que escrevinha, rasura, escreve, acrescenta, pinta e apaga ou pinta e inscreve. 
Ou a mão que comenta, sublinha, se lembra.
A mão de Maria Filomena Molder que pensa.
Incessantemente.
Para “salvar a biblioteca do incêndio”, na bela formulação de João Lima Pinharanda.
Jorge Silva Melo

Com Maria Filomena Molder e João Pinharanda 
Imagem José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Assistente de realização Joana Frazão Produção Manuel João Aguas e João Matos Realização Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos Apoios ICA, Flad – Fundação Luso Americana, Fundação EDP e Fundação de Serralves

9 NOV 
ANA VIEIRA: Conversa com Paulo Pires do Vale

Ana Vieira: E o Que Não é Visto de Jorge Silva Melo (2011, 60 min, M/6)
Ana Vieira era para mim um nome distante, um rosto mítico, uma fotografia, uma memória de exposições na Quadrante (das Avenidas Novas) naqueles anos 70 cheios de pressa. Até que uma noite, no velho edifício d´ A Capital, onde, felizes, funcionaram os Artistas Unidos, a recepcionista me disse que uma senhora passara e deixara um projecto para mim. Lá ficou uns dias, nem olhei. E uma manhã vi, era o projecto “Casa Desabitada” e quem se propunha trabalhar connosco naquele edifício em ruínas, naquele barracão imundo era Ana Vieira. Eu não a conhecia, fiquei, confesso, comovido: que alguém com o percurso e o prestígio, a obra de Ana Vieira, queira meter-se com gente acampada em edifício em ruínas, era inesperado. E só possível porque A Capital, a pouco e pouco, parecia um lugar possível, uma plataforma para os artistas, um lugar desejado. Depois, foi o corridinho do costume, negociações com as autoridades, fecho, suspensão de actividades, o exílio, o desterro no Teatro Taborda. Mas a ideia prosseguiu, a proposta de Ana Vieira fez-se. Em Lisboa e no Porto. Com a colaboração imprescindível de Liliana Coutinho (que viria a dedicar um estudo exemplar à obra da Artista publicado na Editorial Caminho), que também convoquei para me ajudar neste documentário.
Depois de 2004, não nos perdemos de vista. Em 2008/9, fizemos, com a Porta 33 (Funchal), a exposição IN/VISIBILIDADE, que, em Lisboa, foi montada no Palácio Marquês de Pombal, à rua do Século.
Agora, em 2010-11, a obra de Ana Vieira vai voltar a ver-se. Primeiro, no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada; depois, em Janeiro de 2011, no CAM. 
Uma retrospectiva, uma revisão, uma oportunidade única de ver (o que não se vê). O que não se vê porque está guardado, porque não é mostrável, porque a arte de Ana não é a de “colorir uns metros quadrados para pendurar na parede”. Mas o que não se vê (ou se vê de esguelha, espiando, deslocando o ponto de vista, recusando a frontalidade do renascimento) é o assunto principal deste trabalho intransigente.
No cinema, designa-se isso por “off” e é o assunto principal de muitos dos mais belos planos. No teatro, chamou-se a isso “bastidores”, é onde morrem Jocasta e Antígona, se cega Édipo, morre Fedra. Nós só sabemos, porque, felizmente, Téramène na “Fedra” ou o Soldado no “Rei Édipo”, ecos, testemunhas, nos vêm contar.
Ou porque Ana Vieira, guardadora das sombras, lhes fixou a traça?

Filmar o invisível, é assim um destino: filmar o rasto (rastejar?), a ausência, colocar-me à indiscreta janela (é belo o inglês, Rear Window) onde passam as sombras, na caverna.
Jorge Silva Melo

Imagem José Luís Carvalhosa Música Original Pedro Carneiro Assistente de Imagem César Casaca e Paulo Menezes Som Armanda Carvalho Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Realização Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos/ RTP Apoios Fundação Calouste Gulbenkian e ICA


25 JAN 
ÁLVARO LAPA: Conversa com José Bragança de Miranda

Álvaro Lapa: A Literatura de Jorge Silva Melo (2008, 80 min, a classificar pela CCE)
Numa viagem entre Viseu e Lisboa, Jorge Silva Melo reconstitui para o actor Pedro Gil a sua relação com Álvaro Lapa, as entrevistas que realizou com o artista, os anos passados a ver crescer uma das obras mais singulares da arte portuguesa. E a questão: o que é a literatura? Uma demorada viagem iniciática em que se revê toda a obra pictórica e literária e que termina com a declaração de Álvaro Lapa: "Disponível, disponível é a juventude. Mesmo que seja incapaz, incompetente, estouvada, destrutiva. Mas é disponível".

Com Pedro Gil Imagem José Luis Carvalhosa e Rui Poças Som Armanda Carvalho, Quintino Bastos, Pedro Caldas e Emídio Buchinho Montagem Vítor Alves Produção Manuel João Aguas Realização Jorge Silva Melo Uma Produção Artistas Unidos Apoios Fundação EDP, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação de Serralves, Galeria Fernando Santos, Galeria Neupergama

14 MAR 
ÂNGELO DE SOUSA: Conversa com José Gil

Tudo o Que Sou Capaz de Jorge Silva Melo (2010, 60 min, a classificar pela CCE)
Com Nuno Faria e João Perry Assistência de realização Joana Frazão Imagem José Luís Carvalhosa Som Armanda Carvalho, Quintino Bastos Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar Realização Jorge Silva Melo Produção João Matos, Manuel João Aguas Uma Produção Artistas Unidos/ RTP


4 ABR 
JOAQUIM BRAVO: Conversa com José Miranda Justo

JOAQUIM BRAVO, ÉVORA, 1935, ETC ETC FELICIDADES de Jorge Silva Melo (2000, 60 min, a classificar pela CCE)
Imagem Rui Poças e Miguel Ceitil Som Pedro Caldas e António Pedro Figueiredo Montagem Vítor Alves Produção Manuel João Aguas Realização Jorge Silva Melo Uma produção Artistas Unidos