ELABORAÇÕES DA MEMÓRIA
Seminário/Conferência por
António Guerreiro
As questões
da memória tornaram-se, nos últimos
anos, um campo disciplinar que atravessa, com efeitos importantes, a
historiografia, os estudos literários e artísticos, e também os estudos
culturais. O extermínio levado a cabo pelo nazismo na sequência da “solução
final”, impôs com enorme repercussão no espaço público formas de elaboração
desse passado traumático e um tão proclamado “dever de memória”. É, aliás, no
plano deste imperativo e desafio que podemos colocar a exposição de Daniel
Blaufuks, patente neste museu, e que constitui o pano de fundo deste seminário,
cujo programa contempla algumas importantes questões de uma “teoria da
memória”. No horizonte dos temas e elaborações teóricas para os quais remete o
programa, e que estão autores como Giulio Camillo, Freud, Aby Warburg, Walter
Benjamin, Frances A. Yates, Aleida Assmann e Jan Assmann, W. G. Sebald.
1. A complexa dicotomia memória/história.
-A obsessão “memorial” do nosso tempo.
2. Memória e trauma, luto e melancolia.
3. A memória cultural e social.
- tradição e identidade.
4.
O tempo e a memória das imagens
António Guerreiro é crítico literário e cronista, no jornal Público, ensaista e professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. A literatura contemporânea, a estética e a crítica cultural têm sido as suas principais áreas de intervenção. Tem colaboração dispersa em volumescoletivos, revistas especializadas e catálogos de exposições. Publicou um livro de ensaios com o título O Acento Agudo do Presente (Cotovia).